domingo, 4 de julho de 2010

Paris te amo

Assisti "Paris, te amo" filme que reúne várias histórias ocorridas na cidade. Cada uma de um diretor diferente. Na verdade, não são bem histórias, são recortes do cotidiano...nem sempre têm fim. Gostei mais de algumas delas e menos de outras, mas em geral são de grande sensibilidade. Chamou minha atenção a de Walter Salles e Daniella Thomas: Uma jovem deixa seu bebê em uma creche. Coloca-o em um berço que fica em um grande espaço cheio de berços mas, sem ninguém. Ao se afastar, seu bebê chora e ela volta, debruça sobre o berço, olha-o, toca-o e canta uma canção. O bebê se acalma, ela sai. Depois de vários transportes urbanos, chega a uma residência para cuidar de um outro bebê cuja mãe está saindo. O bebê chora no seu berço. Ela se aproxima canta a mesma canção mas não o toca, seu olhar é distante...
Lembrei-me de uma "fala" do Prof. Alfredo Jerusalinsk em uma palestra. Ele conta que uma mãe lhe indaga qual seria o problema de deixar seu bebê com a babá, já que ela era muito bem treinada e faria tudo e cuidaria muito melhor da criança do que ela própria. Procurando uma forma de explicar o valor desta presença, deste cuidado, ele pergunta à mãe o que ela deseja para o futuro de seu filho. Frente a descrição da mãe e do encantamento que demonstra, explica que outra pessoa não trará para ele tudo aquilo, no olhar, no toque.
Nada contra as babás mas as mães são insubstituíveis...

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